Sociedade

A desinformação sobre a existência de surto da cólera que mata em menos de 3′ custou a vida de 98 pessoas

Em causa está a desinformação sobre o surto de Cólera que presume-se, tendo-a morre em menos de 3 minutos.

A desinformação sobre a existência de um surto de cólera no distrito de Mossuril, no povoado de Lunga foi causa que custou a vida dessas pessoas, após ter provocado pânico na população que, na melhor alternativa em salvar suas vidas recorreram formas exequíveis para abandono do local em risco.

As mulheres e crianças em cerca de 130 pessoas carregaram consigo os seus pertences recorrendo à embarcações inapropriadas saindo em dois grupos separados, para sobressair no município da ilha de Moçambique livre do surto.

Segundo autoridades locais, o peso é que teria “provocado desequilíbrio na embarcação que não resistiu a superlotação combinada ao mau tempo que se fez sentir na região durante o dia de domingo”.

“Trata-se de uma embarcação vocacionada para a pesca e não para pessoas, que vinha de Lunga para Ilha de Moçambique transportando pessoas. De acordo com informações que temos em nossa posse, o que acontece é que as pessoas estão a sair de Lunga de forma atabalhoada, alegadamente porque há uma epidemia de diarreias lá e as pessoas ficam com sintomas por apenas 3 minutos e morrem. De acordo com as nossas fontes, em pouco tempo morreram entre 10 a 12 pessoas e alguns falam de 15. Não sabemos quantas são, o que sabemos é que foram procurar essa embarcação de pesca para pedir que os levassem até à Ilha de Moçambique, numa tentativa de fugir para estarem mais próximos do hospital”, explicou o administrador da Ilha de Moçambique, Silvino Nauaito, falando em directo para STV.

Não só, outras fontes apontam a ‘uma movimentação no interior do barco provocada pelas ondas da maré alta, teria provocado um movimento brusco de pessoas e bens para um lado e a embarcação não resistiu e naufragou” explicaram as fontes citados pelo jornal O País.

Do incidente, relata-se ainda segundo meios de comunicação nacionais que algumas dessas morreram à margem por falta de assistência. “Os homens do povoado que seguiam na mesma direção, estavam a uma distância considerável uma vez que seguiam em uma embarcação a vela, e não foram a tempo de prestar socorro às vítimas maioritariamente crianças”, acrescenta O País referindo ainda que no local continuam buscas, entretanto, dados dos Secretário de Estado na Província de Nampula indicam que, além das mortes, há 10 sobreviventes e dois corpos ainda não reclamados na unidade sanitária da Ilha de Moçambique. Há vários outros desaparecidos.

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