Paulina Chiziane submete queixa contra pastor de igreja da divina esperança
Após ser agredida pelos seguranças da Igreja Divina Esperança, a escritora moçambicana, Paulina Chiziane, submeteu uma queixa-crime o pastor daquela organização sob acusação de terem o agredido com a sua equipa quando tentavam gravar um vídeo nas proximidades daquela igreja.
“Metemos a queixa e, no dia 29 de Julho, tivemos audição com o pastor da igreja Divina Esperança e, por fim, solicitei que se fizesse um auto para levar o assunto ao tribunal, porque é grave o que aconteceu”, disse a escritora.
Assim como a imprensa e a escritora, relatam que agressão foi protagonizada pelos seguranças da igreja, sob orientações do seu pastor, tendo algumas das pessoas da sua equipa ficado gravemente feridas.
“Estou a processar um pastor, aquele que ordenou a agressão contra mim e contra os meninos. Estou, sim, a processar o pastor e o chefe da segurança dele. Eles [a igreja] dizem que podem ajudar a pagar as despesas de saúde, mas um dos nossos membros foi pisado com botas e não consegue respirar bem, eu não sei se ele tem fracturas ou não, mas ele não está bem”, declarou a escritora, acrescentando que outro membro da equipa também teve ferimentos que o deixaram com um problema na vista.
Além das agressões, Paulina Chiziane afirmou que foi acusada de “bruxaria”, sob alegações de que, no veículo em que se faziam transportar, levavam consigo a Timbila, um instrumento musical tradicional e que foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2008, avançou Dossiers e Factos citando a lusa, “Eles pensaram que estivéssemos a fazer orações contra a igreja deles e vieram fazer revista aos nossos carros sem menor respeito e disseram para ir à esquadra porque violámos as normas da igreja, sendo que estávamos num lugar público, que era a rua”, acrescentou a escritora.