A inovação da constituição da Somália pode vir a colocar o futuro das meninas em jogos
Outro marco importante na revisão da constituição da Somália é a aceitação de três partidos políticos, e com este advento, o país a contar com um sistema multipartidário.
Sucede que, Mohamed Abdullahi Farmaajo e Sharif Sheikh Ahmed, antigos presidentes e líderes do Estado de Puntland e outras entidades políticas estiveram fortemente com os pés juntos contra a alteração em causa alegando falta de consenso entre os actores políticos relactivamente às mudanças.
Outro ponto, é referente ao mandato dos órgãos constitucionais, que por sua vez, sublinha-se que a partir da promulgação da revisão, o mandato dos órgãos constitucionais do Governo passará a ser de cinco anos e refere-se aos presidentes dos estados regionais como líderes.
As inovações estabelecem ainda que a idade de maturidade das meninas, parte aos 15 anos e a idade de responsabilidade aos 18 anos, sugerindo que todos os menores de 18 anos devem permanecer protegidos pelas normas de justiça juvenil. Entretanto, os grupos de defesa dos direitos humanos alertaram sobre esta decisão e sublinham que estas mudanças representam o risco de reforçar as normas tradicionais existentes e que podem forçar as raparigas a casar aos 15 anos. Além destas entidades, Human Rights Watch reforçou que a proposta constitucional na sua forma actual coloca as crianças em risco.